domingo, 22 de abril de 2012

A Unidade é Jesus entre Nós



Caríssimos,
(…)
Na vez passada falamos sobre a unidade e afirmamos que só poderemos vivê-la se nos dispusermos a receber a sua graça, vivendo o amor recíproco. Assim, pronto, realiza-se imediatamente a unidade.
Hoje, gostaria que observássemos bem esta graça, que a analisássemos um pouco.
O que é? Quem é?
Nós o sabemos. Por certo não é um simples ponto da nossa espiritualidade. Ela traz entre nós até mesmo a presença de uma pessoa, uma pessoa que é o próprio Deus. A unidade é Jesus entre nós.
A unidade – diz um Padre da Igreja – é aquele “acordo” de pensamentos e de sentimentos, entre várias pessoas, ao ponto de alcançar a concórdia que “une e contém o Filho de Deus”[1].
E essa presença – nós podemos testemunhá-lo – é fonte de uma profunda felicidade: Jesus entre nós é plenitude de alegria e faz com que a nossa vida, e aquela de todos os que vivem a unidade, seja uma festa perene.
Por quê? Outro Padre da Igreja explica este efeito falando de Pentecostes, quando os apóstolos ficaram tão plenos, transbordantes de graça, de luz, de alegria que pareciam embriagados.
Ele diz: “Se bem que Pentecostes tenha passado, a festa não terminou; com efeito, cada reunião é uma festa. De onde podemos deduzi-lo? Das palavras de Cristo que diz: ‘Onde dois ou três estiverem reunidos no meu nome, ali estou eu no meio deles’. Portanto, cada vez que Cristo está presente numa nossa reunião, que maior prova podemos ter de que é uma festa?”[2].
E é esta a verdadeira festa que o coração humano busca. Nós somos chamados a suscitar esta festa em meio ao mundo, a fazê-lo palpitar da alegria que leva à plenitude. E podemos fazê-lo nas nossas pequenas ou grandes comunidades, nos nossos congressos, nos nossos centros e cidades.
É o que devemos fazer e ensinar, porque trabalhar para que Jesus e a sua alegria estejam entre nós nada mais é que “viver a Igreja”.
Viver com Jesus no meio não é uma simples prática que somente os membros do Movimento devem atuar. Jesus no nosso meio nos insere vitalmente em Jesus presente na sua Igreja.
De fato, os Padres, para explicar a presença de Deus na Igreja, se valem de duas frases: “Onde dois ou três estiverem reunidos no meu nome, ali estou eu no meio deles” (Mt 18, 20) e “Eis que estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos” (Mt 28, 20).
(…)
E para saber por onde começar, eis um conselho, fruto de uma experiência que fiz: sejamos os primeiros a amar a partir de agora. E ensinemos isso a todos. Assim, facilitamos o retorno, que por vezes (pelo menos entre nós) é automático. Jesus estará entre nós e, com Ele, a festa.
Chiara Lubic


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